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Não eram Margaridas

Conduzimos para fora da lei
Naquele teu dia de anos.
A quarenta minutos da cidade,
Não tínhamos de ser bons,
Não tínhamos de ser maus,
Nem sequer tínhamos de saber de nada.
Ninguém tinha de saber de nada.
Dei-me por feliz por termos chegado até ali.

O tempo deu-nos permissão,
E nós demos-lhe propósito,
Onde, encontrados num campo de margaridas,
Não tínhamos de ser bons,
Não tínhamos de ser maus,
Nem sequer tínhamos de saber as nossas canções.
Ninguém sabia que eram nossas as canções.
E eu dei-me por feliz por ter chegado até ali.

Por Francisco Neto

Nasceu na Amadora, na meia noite de vinte e nove para trinta de dezembro de 1996. Passa a maior parte do seu tempo a cantar e sem saber o que quer ou onde quer ir, tendo assim concluído um curso de Marketing e Publicidade no IADE, sem qualquer razão em particular. Apesar da sua indecisão patológica, nunca teve dúvidas de que não suportava o sabor a queijo e que esse era um facto que qualquer pessoa teria de saber, se quisesse participar na sua vida. Tende a pedir dezenas de conselhos para solucionar os mais pequenos problemas da vida, apenas para os ignorar olimpicamente e decidir por si só o que há-de fazer. Precisamente por essa razão, decidiu que deveria apostar a sua vida na escrita e na música, as duas artes pelas quais nutre uma maior paixão. Não sabe escrever coisas sérias a menos quando escreve canções. Aí, é inconsolavelmente fatalista. Evidentemente, graças à sua indecisão, continua a trabalhar a full time em todas as outras artes existentes, para poder sobreviver neste mundo.

2 comentários a “Não eram Margaridas”

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