No nosso coração o que ouvimos Nos olhos o que sentimos Nos ouvidos O que lemos Na alma Com várias portas da frente, que tem código das traseiras que se trepa da cave que é pequena e rastejamos Por onde se entra? Não há portas Arrombamos e deitamos abaixo Ficam as janelas Espreitamos Saltamos Somos. Contenta-te contigo Atenta-te a ti Ao amor que não deve ser gratuito Ao amor que não se agradece Ao amor que não me pertence Onde te falo com o meu silencio E toco-te com a nossa distância Choro-te Por ti Por nós Por quem não sou Por quem não podemos ser Contento-me contigo Atento-me a ti Amo-te Agradeço-te Nós em nós Não entendo apenas sinto Procurei-te onde não me achava Achei-te como num plágio de mim Achei-me como num plágio de ti. Sentes os meus olhos? Se os sentires Poderás ver bem o meu coração Cheiras os meus olhos? Se os cheirares Poderás cheirar a Primavera. Ouves os meus olhos? Se os ouvires Poderás ouvir o mar Vês os meus olhos? Se os olhares Poderás ver o amarelo.
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