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Poema

Não quero morrer devagar

Na verdade, ninguém quer, mas…

Morre-se devagarinho quando a esperança se esvai do olhar.  

Morremos um pouco quando acreditamos que o amanhã não supera o passado.

Morre quem se esquece do que é capaz, do quão alto as suas gargalhadas podem soar, 

Do quanto um sonho pode guiar uma noite, um dia, o resto da vida. 

Morremos quando nadamos para fora de pé sem um plano B, C, D ou quaquer outra letra que ainda nos falte citar.

Morremos quando prescindimos de dar o primeiro passo, e realizamos que somos semente sem fruto.

E assim se morre, gota a gota, pouco a pouco, pedaço a pedaço…

Mas no fim de contas, o fim da vida é a morte.

E morre quem na verdade quer deixar de viver.